Ballet e Poesia

Houveram CEPs memoráveis no começo dos anos 90: ainda lembro do Zarvos recitando com um balé de mais de 8 bailarinos dançando junto… Não sei o que aconteceu, mas o balé, a dança, fugiu do espaço dos eventos de poesia; logo agora que a arte do performance está cada vez mais presente nesse tipo de evento. O que se vê e escuta são novos exemplos de egos desesperados para falar de si para si. Fala-se muito (e muita, muitíssima besteira), aparecem os Chatatórix com seus instrumentos cantando composições (na maioria dos casos: pavorosas).
Onde estarão aqueles que interpretam no corpo verdadeiras poesias sonoras, como as realizadas pela extraordinária Sylvie Guillem?

…à guisa de informação, Sylvie nasceu em Paris em 1965 e com 16 anos já estava no Balé da Ópera de Paris. Já esteve no Royal Ballet e suspeita-se que, muito além da lindíssima Anastasia Voloshkova, seja bailarina mais bem paga do mundo. Sua apuradíssima técnica clássica já a colocou em mais de 25 ballets diferentes; mas, quando escapa para a dança moderna… aí é um esculacho: não deixa pedra sobre pedra.

O governo francês mandou fazer uma estátua em tamanho natural desta mulher maravilhosa. Diz-se que o escultor teve que refazer mais de duas vezes as pernas da bailarina. Segundo fofoca de bastidores, ao alisar a pedra, ele entrou em transe e acabou afinando-a mais do que o necessário…


Postado em novembro 16, 2007 de 6:34 pm e arquivado sobre opinião & crítica com tags dance ballet arte poesia poetry performance modern.

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