Bienal Internacional de Dança

O Theatro José de Alencar recebe hoje, a partir das 20 horas, as atividades da abertura oficial da Bienal Internacional de Dança do Ceará
A Bienal Internacional de Dança do Ceará celebra 15 anos de atividades que vão além das performances em cima do palco. Durante esse tempo, o evento conquistou não só a fidelidade do público cearense, mas formou parcerias importantes que proporcionaram a inserção da dança contemporânea no Interior do Estado e um intercâmbio com companhias e artistas de outros continentes.

Até o dia 6 de novembro, 91 companhias de dança locais, nacionais e internacionais se revezam em diferentes palcos na Capital e também em cidades do Interior, levando espetáculos inéditos ou remontagens tanto para públicos leigos quanto para entusiastas da linguagem dos movimentos corporais.

O evento cearense integra o circuito brasileiro de festivais internacionais de dança no Brasil, ao lado de outros realizados no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco, que se constitui em uma porta de entrada, no País, para companhias estrangeiras. Tanto é, que a França marca presença no festival há 15 anos, a África já recebeu a programação da Bienal, enquanto Bélgica, Itália, Israel e Argentina são pátrias de origem de coreógrafos e bailarinos que compõem a programação do festival cearense ao lado de companhias locais e nacionais.









Todo o trabalho não só de divulgação da dança, mas de formação, que a Bienal prima em realizar, está documentado em diferentes formatos que serão lançados também na noite de hoje. Trata-se do livro "Bienal Internacional de Dança do Ceará - Um Percurso de Intensidades", da segunda edição da revista OlharCe e da série de programas de televisão "Terceira Margem".

O legado construído pela Bienal, mais do que registrado para a posteridade, está em plena atividade. Pode ser visto, por exemplo, na graduação em Dança da Universidade Federal do Ceará (UFC), uma demanda que percorria os círculos de discussão fomentados pela mostra. Está presente ainda no Fórum de Dança e nos cursos técnicos. "A Bienal trabalha com articuladores que são pensadores e artistas", frisa David Linhares.

A proximidade com os espaços de pensamento e reflexão se estendeu ainda na programação da mostra deste ano com os Colóquios de Dança, que antecederam a abertura oficial da Bienal, e foram encerrados ontem. "Essa parceria com a Universidade é algo único, não existe iniciativa semelhante no Brasil", ressalta David Linhares.

Porém, a grande realização apontada pelo idealizador do projeto da Bienal é mesmo a possibilidade de levar a dança para outros municípios cearenses por meio do CirculaDança. Como o nome sugere, a iniciativa promove a difusão de espetáculos para plateias de outras cidades, aliada ainda a trabalhos de formação em dança. Para tanto, conta com apoio do Banco do Nordeste (BNB), e já abrange, além da Capital, outros 10 municípios (Paracuru, Guaiúba, Aracati - Canoa Quebrada, Sobral, Limoeiro do Norte, Itapipoca, Juazeiro do Norte, Barbalha, Crato e Nova Olinda) que também receberão os espetáculos do festival.


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